Orgulho e Preconceito, o livro mais famoso da escritora britânica Jane Austen, nos transporta para a Inglaterra do final do século XVI. Nesse cenário, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para mulheres sem dote. Elizabeth Bennet, uma jovem de vinte anos e uma das cinco filhas de um espirituoso, porém imprudente senhor, emerge como uma heroína singular.

Jane Austen, nascida em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra, é uma das escritoras mais estudadas e reverenciadas da literatura inglesa. Seus romances, embora aparentemente inocentes, revelam profundas observações sobre a sociedade e as relações humanas.

“Você é muito generosa para tripudiar de mim. Se seus sentimentos são iguais ao que tinha em abril passado, diga-me de uma vez. Minhas afeições e desejos estão inalterados, mas uma palavra sua silenciar-me-á sobre isto para sempre.”

Austen pertencia a uma família da nobreza agrária e sua situação e ambiente serviram de contexto para todas as suas obras. Ela é conhecida por explorar o casamento como tema central, destacando a dependência das mulheres em relação a essa instituição para assegurar status social e econômico. Seus personagens são complexos e suas histórias, repletas de ironia e crítica social, continuam a cativar leitores até hoje.

“Quanto mais eu vejo do mundo, mais fico insatisfeita com ele; e cada dia confirma minha crença na inconsistência do caráter humano e na pequena dependência que pode ser colocada na aparição do mérito e do sentido.”

A trama envolve uma série de personagens inesquecíveis e aborda temas como orgulho versus preconceito, ascendência social versus desprezo social, equívocos e julgamentos antecipados. Jane Austen habilmente equilibra comédia e seriedade, oferecendo uma observação meticulosa das atitudes humanas e sua ironia refinada.

“Tenho lutado em vão. Não resistirei. Meus sentimentos não serão reprimidos. Você deve permitir que eu lhe diga o quão ardentemente eu a admiro e a amo.”